Dicas Importantes

Qualquer advogado novato inicia sua carreira pensando em três coisas: despesas necessárias (aluguel, telefone, internet…), ganhos esperados e “bens de construção de status”. Estes bens seriam os trajes para trabalho, a caneta e os aparelhos eletrônicos, principalmente. Até que ponto, no entanto, bens materiais constroem efetivamente o status do advogado e ajudam a ganhar os clientes?
Ninguém discordará se alguém disser que advogados e advogadas devem se preocupar com a sua apresentação pessoal. Há, claro, aqueles que são contra a obrigatoriedade dos trajes forenses, mas essa posição não tem a menor importância neste momento. A questão, agora, é sobre apresentar-se de uma maneira profissional. E vestir-se bem é uma das exigências para isto.

"business man in black suit", por Frits Ahlefeldt-Laurvig (HikingArtist.com), no Flickr (licença cc-by).
Mas, não parece fazer sentido iniciar a carreira advocatícia jogando fora altas somas em dinheiro para comprar um traje de marca cara, uma caneta com detalhes em platina e as mais recentes invenções daquele cara que inventa “gadgets” incríveis. Aspirar a estas coisas é uma coisa. Forçar-se a ter essas coisas como pré-requisito profissional é algo completamente diferente.
Dizem que objetos bonitos e caros causam um grande efeito sobre clientes, que ficariam então maravilhados com a (aparente) riqueza e sofisticação do seu patrono, e magicamente se tornaria uma pessoa mais fácil de se lidar e dissuadida de procurar outro patrono. Esta ideia não deve ser verdadeira.
Reflita por um momento e pense num grande nome da advocacia brasileira, que você admire. Agora, tente se lembrar de alguma pessoa que você conheça (ou tenha ouvido falar) que é considerada como sendo um advogado que sempre está exibindo roupas e objetos de alto valor enquanto transita pelos fóruns. Bem, você provavelmente pensou em duas pessoas diferentes ao ler este parágrafo. É uma questão a se pensar, não é?
Grandes advogados não possuem vestimentas e objetos de alto valor e requinte? Provavelmente possuem, e isto nos deixa ainda mais confusos: os grandes têm acesso aos objetos, ou ter objetos possibilita ser grande? O certo é que buscar altos padrões em roupas e objetos simplesmente para “parecer” alguma coisa é, no mínimo, um evitável dispêndio extra de dinheiro.
Uma outra perspectiva possível, dentro do tema, é mais voltada para os aspectos psicológicos do próprio advogado. Pode ser que acredite ganhar e manter mais facilmente os clientes se exibe a imagem de um profissional com caras posses. Não poderia isto ser, todavia, uma impressão criada pelo próprio advogado, que se torna frio, opaco e desinteressado por si mesmo tão logo se dê conta de que alguns bens faltam ou não podem ser exibidos?
A reflexão que se propõe é a respeito de gastos desnecessários e ilusões a respeito do que chamamos, neste post, de “bens de construção de status”. É possível vestir-se bem e possuir uma caneta e um smartphone modernos e de qualidade sem gastar tanto quanto as marcas mais famosas nos fazem acreditar que devemos.
Nós em gravatas:







DICAS PARA SE VESTIR

O profissional do Direito precisa ter uma postura sóbria e transmitir seriedade. Você sabe qual a melhor roupa para cada ocasião? 

Acredito que a Imagem Pessoal reflete a postura, competência e personalidade de qualquer profissional, principalmente advogados. Portanto transmitir seriedade e excelência através do conjunto: vestuário, corte de cabelo, maquiagem (mulheres) e unhas bem feitas é fundamental. Qualquer cliente tem a seguinte visão: “o advogado mal vestido ou com má apresentação pessoal não é um bom advogado”! 

. Que cores escolher e quais evitar? 
Escolha as cores quentes (pastéis e cores mais acesas) no verão e as cores frias (vinhos, verde musgo e azuis escuros) no inverno. 
Evite sempre cores muito berrantes e brilhos exagerados! 

. Que acessórios são bem-vindos e quais devem ser evitados? 
Os acessórios são sempre muito bem vindos, pois agregam modernidade ao visual! Eles quebram um pouco a formalidade e a seriedade do vestuário de uma advogada, podendo também chamar atenção para o colo e desviando a atenção de biotipos mais largos na região do quadril. 
A regra é combinar prata com prata e dourado com dourado, investir em pedras brasileiras coloridas e alegres sem abusar dos excessos como, por exemplo, o trio: pulseira + colar carregado + brinco grande, o resultado pode ser desastroso. 
Aos homens, sugiro prendedores de gravata, pois ficam muito elegantes. 
As pastas também são itens fundamentais: em primeiro lugar não podem estar velhas ou surradas e sua cor não precisa combinar obrigatoriamente com os sapatos.

Gravata, meia calça, cinto, bolsa, saia, paletó: como devem ser usados? 

Homens: a moda agora pede camisas brancas com gravadas discretas. Evitar sempre camisas com botões no colarinho, o terno exige camisas com colarinhos duros e sem botões! 
Lembrem-se: a meia deve combinar sempre com a calça exceto com sapato preto, aí a meia deverá ser preta. Os sapatos deverão combinar com os cintos obrigatoriamente. 
Os ternos combinam com os sapatos, por exemplo, terno preto usar com sapato preto, terno marrom usar com sapato marrom, porém nunca usar terno com sapatênis. 

Mulheres: a meia calça deve combinar com a saia e com o sapato, tenha sempre a mão uma meia reserva, medida profilática contra acidentes! O comprimento da saia é nos joelhos, nem mais nem menos! 

Os sapatos devem combinar com a família das cores da bolsa: quando preta o sapato é preto, quando estampada o sapato e a roupa são lisos e quando bege o sapato pode ser dos beges aos marrons, ou seja, as tonalidades podem variar, mas as cores nunca! 
Deixe as sandálias mais fechadas para o verão e jamais combine a cor do sapato com a cor da roupa, exceto preto e marrom. 

. O ideal é sempre usar terno e gravata ou é possível variar? 
Sim é possível variar. Os sobretudos vieram com tudo neste inverno para substituir o paletó. Com a vantagem de que não precisam ser da mesma cor da calça. 
Ternos com coletes também são uma boa opção, principalmente no ambiente interno do escritório, quando se tira o paletó, fica o colete. A gravata é indispensável! 

. Qual estilo de terno é mais recomendável? 
A moda atual pede ternos mais ajustados ao corpo. Evitar ternos claros no inverno. 

. A área escolhida do direito permite flexibilização no vestuário, como, por exemplo, um advogado da área ambiental vestir-se de forma mais informal? 

Não, um advogado bem vestido estará sempre vestido com o “Formal Wear”: terno e gravata para os homens ou tailleur e ternos para as mulheres, não há exceção. Porém, devido ao calor de nosso clima, nos ambientes externos, advogados da área ambiental estarão muito bem vestidos com coletes iguais às calças, mais camisas sem botões no colarinho e gravatas. 

. O vestuário muda com a profissão (juiz, advogado, delegado, procurador)? 

No Brasil alguns delegados costumam se vestir de forma mais “Casual Wear” principalmente no ambiente externo ao escritório, por conforto ou segurança. Porém indico terno e gravata sempre que estiverem em seus escritórios, transmitindo assim seriedade e competência. 
O profissional do Direito precisa sempre se vestir de forma tradicional ou é possível inovar sem perder a credibilidade? 


Sim, o “Formal Wear” é indispensável. A melhor forma de inovar sem perder a credibilidade é usando roupas e sapatos de qualidade, acessórios muito modernos, blusas que acabaram de sair das passarelas, echarpes de seda ou de lã, caprichar na maquiagem e no corte de cabelo, que não precisa ser nada tradicional. 
Um preconceito que existe é que vestir-se bem é sinal de gastar muito dinheiro, lembrando que o clássico quase não sai de moda, vale a pena investir. 

. Qual o melhor vestuário (para homens e mulheres) em: um tribunal; uma reunião com o cliente; uma palestra; um jantar de negócios; um ambiente acadêmico; no próprio escritório. 
O mais importante nestes ambientes é a sobriedade e a discrição: decotes, blusas tomara que caia ou de alcinhas, saias curtas ou transparências são “proibidos por lei”. Outro ponto importante é a manutenção das peças: observar se os botões estão bem pregados, sapatos bem engraxados, camisas muito bem passadas e limpas e as gravatas e os paletós não podem estar soltando fios. 

Lembrem-se: O vulgar é irmão gêmeo do brega”! 

Fonte: Bia Kawasaki 


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